Ecopernoite em Macapá, a capital em cima do muro.

                        Macapá esta em cima do muro, equilibrada sobre o marco zero da linha do equador, na verdade é a única capital brasileira de onde se pode tirar uma foto com um pé em cada hemisfério. Essa foto eu fico devendo, acontece que eu não estive beeeem em Macapá, eu pousei no aeroporto de lá, mas o hotel onde fiquei hospedado fica fora da cidade a uns 15 km de distância. Vi o monumento do Marco Zero onde tem a linha imaginária pintada no chão mas foi só de passagem!

                       

                        Já que não estive na cidade não dá para falar dela, mas do hotel eu posso falar, na verdade não é um hotel, é um ecotel, a região é cercada pela floresta amazônica e o Ceta Ecotel tem a proposta de ser um hotel ecológico, o hotel foi construído de maneira a preservar ao máximo a natureza, o concreto é mínimo, as acomodações são chalés suspensos tipo palafitas e os caminhos que levam até eles são trapiches elevados de forma a preservar o solo e a vegetação que mesmo dentro do hotel é densa. Como resultado há quatis correndo por todos os lados e macacos no topo das árvores e fazendo barulho durante o dia em cima do telhado do seu chalé. Você se sente no meio da selva amazônica e está literalmente no meio dela.

                        Pena que o pernoite foi curto, eu realmente gostaria de ter passado um pouco mais de tempo por lá, chegamos em Macapá já era noite, chegamos no hotel já era quase um hora da madrugada, e teríamos que sair de lá as 14 horas do dia seguinte.

                        Acordei cedo, quando eu digo cedo leia-se 08 horas da manhã, para quem foi dormir quase 3 horas, 08:00 é cedíssimo, e fui tomar café da manhã, um destaque para a tapioca feita na hora, você diz o que quer de recheio e montam para você ali mesmo na sua frente.

                        Depois do café saí para conhecer o lugar, os quatis são um pouco tímidos, é difícil fotografar de perto, depois de um tempo parado por ali acho que começaram a se acostumar comigo e deu para tirar essas fotos.

            Andando um pouco achei uma placa que indicava a direção do zoológico do hotel, fui até lá dar uma olhada, não entendi a razão de manter os bichos enjaulados em um lugar como aquele e notei também que haviam jaulas vazias, com tantos macacos soltos pelo lugar para que manter alguns aprisionados? Havia até uma jaula com quatis, e me explicaram que os bichos estavam ali por solicitação do IBAMA, para serem reintegrados ao habitat, os quatis estavam presos temporariamente para um controle da reprodução que estava exagerada, e seriam soltos em breve no meio da mata.

            Onde acaba o zoológico começa uma trilha que te leva até um mirante, eu pensei: “lá vou eu tirar umas fotos, mirantes e fotografias sempre são uma boa combinação” Eu não amarelei para a maniçoba lá em Belém, mas amarelei para a trilha em Macapá, logo no começo da trilha olha só o que dizia a placa!

            Lá fui eu na recepção solicitar a trilha até o mirante e fui informado de que os guias do hotel não estão levando ninguém até lá porque a madeira da trilha está podre em alguns pontos e terá que ser toda substituída, e eu quase me enfiei lá sozinho! Vou esperar substituírem a trilha e num próximo pernoite em Macapá eu conto como é.

             Olha o que é a falta de ter o que fazer, fiquei me perguntando em qual hemisfério o hotel se encontrava, e veio uma luz na minha cabeça. Lembram do episódio dos Simpsons em que o Bart passa um trote para a Austrália para ver em que sentido gira a água da descarga no hemisfério sul? Isso não é ficção Springfieldiana não, é fato, a força de Coriolis é responsável pelo tal fenômeno, eu dei a descarga e constatei que provavelmente o hotel estava no hemisfério sul, girou no sentido horário, só não posso afirmar com certeza porque a força de Coriolis é muito pequena e pode ser anulada por fatores como a forma do vaso por exemplo, mas ainda assim o meu chute no lado sul do planeta tem um pouco de fundamentação científica! E há quem diga que Simpsons não é cultura!

             

               Para fechar o post, olha só o que eu achei no frigobar! Não é assim uma bebida única como o guaraná Jesus do Maranhão, mas se eu não provasse nunca iria saber né! É guaraná mesmo, igual kuat, antártica, schin, etc.

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