foto: Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Belém do Pará. Eu fui!



                        Só não consegui voltar! Minha volta para casa que estava programada para ontem furou devido às fortes rajadas de vento que tornaram impossível qualquer tentativa de aproximação nos aeroportos de São Paulo e no Viracopos em Campinas, acabei tendo que dormir no Rio de Janeiro, mas o Rio é assunto para a próxima postagem.

                        O Pará é um estado grande, muito grande, o segundo maior estado Brasileiro, e grande também foi o meu tempo de permanência lá, um dia inteiro e duas noites no Hilton de Belém. Pousei em Belém a meia-noite e pouco antes da uma hora da manhã estávamos no hotel. Eu já tinha ouvido falar muito bem de Belém, tinha uma expectativa grande por conhecer a cidade, e posso dizer que Belém correspondeu às expectativas. Eu tinha um roteiro preparado para a cidade e segui a risca o itinerário. Eu tinha dois lugares em mente, a Estação das Docas, cartão postal da cidade e o mercado Ver-o-Peso.

                        Logo cedo, depois do café, saí do hotel para sacar um pouco de dinheiro, tudo lá foi muito fácil, o Hilton é muito bem localizado, pelo menos para os planos que eu tinha em mente foi perfeito, fica a cinco quarteirões da Estação das Docas e do Ver-o-Peso, tem caixas eletrônicos de vários bancos exatamente ao lado do hotel, e fica em frente ao Theatro da Paz, é com H mesmo, e uma praça com construções e monumentos impressionantes. Tentei entrar no Theatro, mas fui informado de que está fechado para visitação até agosto devido a reformas. Tudo bem, a visitação já está nos meus planos para uma próxima visita.








                        Na hora do almoço fui até a Estação das Docas com o pessoal da minha tripulação e de outra que também estava inativa em Belém, os restaurantes de lá misturam diversas culinárias com a local, mas eu resolvi não misturar, fiquei na local mesmo, pelo menos para mim exótica e muito interessante. Comi um peixe que chamam de “filhote”, um dos peixes gigantes da Amazônia, acompanhado de caruru e maniçoba. Tinha também chester no tucupi, mas vem cá, o prato típico da Amazônia não é Pato no Tucupi? Posso estar falando uma besteira, mas eu só tinha ouvido falar do pato, e já que o Chester no Tucupi é uma versão pirata do prato original, resolvi deixar passar a oportunidade e maneirar na mistura, meu estomago poderia não entender tanto exotismo gastronômico.
 

                        Resolvi pegar do google as fotos dos pratos, já que o prato que eu mesmo montei não ficou assim uma brastemp, era buffet e na ânsia de experimentar um pouco de tudo acabei criando uma culinária desconhecida. O Caruru Paraense é um caldo de tucupi (um tipo de mandioca da região amazônica) com jambu (uma erva local) e camarões, e mais alguns temperos que eu não sei o que são. É diferente mas muito gostoso.



A maniçoba, peço desculpa aos paraenses defensores da maniçoba, mas a apresentação do prato é um pouco assustadora, é escuro, quase preto, e quando eu perguntei do que era feito achei a receita muito diferente de tudo que eu já comi. Pensei bem e não amarelei, comi a tal da maniçoba. É assim, uma feijoada, inclusive tem um segundo nome, algumas pessoas chamam de feijoada paraense, mas não tem feijão. “O seu preparo é feito com as folhas da maniva, mandioca brava, moídas e cozidas, por aproximadamente uma semana (para que se retire da planta o acido cianídrico, que é venenoso), acrescida de carne de porco, bovina e outros ingredientes defumados e salgados.” wikipedia.  Vamos combinar né, que tudo o que é venenoso da um pouco de receio de comer. O gosto é forte, e eu sinceramente não saberia como definir, mas é gostoso, a carne fica especialmente saborosa, o molho das folhas da maniva eu não consegui comer muito não.



                        Depois do almoço, tomamos um sorvete por lá, o nome da sorveteria é Cairu. Sensacional, o problema é escolher o sabor dentre as muitas opções, eu não contei, mas vou dar um chute aqui, uns 40 sabores diferentes. Meu super agradecimento a Re, do blog Sem Escalas que é de Belém, e comentou no post abaixo me indicando a sorveteria, na verdade eu fui lá antes da indicação dela, mas eu não lembrava o nome do lugar, agora lembrei, valeu Re! Os sabores escolhidos foram Castanha do Pará e Muruci, uma fruta local.

                       
                        Depois disso fomos até o mercado Ver-o-Peso, tem muita coisa lá, frutas, artesanato, artigos de bruxaria, poções pra trazer mulher, homem, viagra natural, tudo o que você imaginar ou desejar na vida, lá tem um potinho específico para tornar o seu desejo uma realidade.



                        Infelizmente o vendedor das poções não me passou muita credibilidade.

Eu:
- Quer dizer que se eu tomar a poção qualquer garota, mesmo que nunca tenha me visto antes, se apaixona?
                       
Vendedor:
- Sim! Garantido!

Eu:
- Mas ela não tem que tomar a poção também? Se só eu tomar quem fica enfeitiçado sou só eu.

Vendedor:
- Claro, ela também tem que tomar.

Eu:
- Mas se ela nem me conhece, ela não vai aceitar tomar uma poção oferecida por um desconhecido.

Vendedor:
- Mas você tem que ter um bom papo.

Eu:
- Mas o que é que eu digo pra ela?

Vendedor:
- Diz que ela pode confiar por que é a poção da barraca do Zeca. Não tem erro!

Eu:
- Mas se ela também não conhece o Zeca, não volta pro mesmo problema?

Vendedor:
“Silêncio”

Po Zecão, eu já tava quase comprando a poção bixo!


                        Fui pra seção das frutas comprar o meu cupuaçu mesmo! Comprei dois! Mas vou contar pra vocês, da um trabalho tirar a polpa que fica grudada em todas aquelas sementes, que vale mais a pena comprar a polpa congelada mesmo, o gosto é o mesmo mas o esforço é bem menor, mas eu matei a minha curiosidade.




                        Depois disso voltei por dentro da Estação das Docas tirando umas fotos do lugar. Presta atenção no vidro espelhado na foto abaixo, é só clicar na foto para ela ficar grandona e olha eu e minha sacola de cupuaçus ali!





                        Mais um super agradecimento pra minha prima Merielen, que escreveu no blog falando pra eu comprar o bombom de cupuaçu. Eu tinha visto o bombom em uma loja que fica dentro do hotel e nem tinha dado muita bola, quando vi a mensagem já eram 19:55, e a lojinha fechava as 20 horas! Desculpa não responder a postagem prima, mas eram meus últimos minutos para comprar o bombom, sai da internet e fui comprar, realmente é muito bom!

                        Depois disso tudo eu fui dormir de barriga cheia, e nem jantei. Tinha que acordar as 02:30 da manhã, para sair do hotel as 03:30 e decolar de Belém as 04:30. Mau sabia eu que não ia conseguir voltar pra casa.

Continua no próximo post ...


Turisticamente Correto

10 comentários:

  1. Hehehe...de nada!! Adorei saber mais de Belém, e toda a culinária do Norte pelo q percebi é muito parecida.
    Mas comidas regionais a parte,eu adoro peixe!!! E o bom é q eles comem muito peixe pra cá, e esse filhote é o melhor...a-mo-o.
    Mas outro tbem q é gostoso é o pirarucu, com este fazem ate bacalhau, conhecido como bacalhau de agua doce...rs
    Bjooo

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  2. Resumo da ópera:
    Constatou que o cupuaçu não vale a pena, perdeu a chance de enfeitiçar uma desconhecida e a oportunidade de vir pra Curitiba pegar chuva e passar frio, muito frio...

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  3. hahahaha é isso mesmo Cris, resumiu tudo, continuo gostando de suco de cupuçu, mas a fruta não vale a pena não, mesmo com todo esse frio eu adoro Curitiba, mas verdade seja dita, essa frente fria não precisava ter se empolgado tanto assim, ta frio demais aqui!

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  4. Oi Meri, eu adoro peixe também, estava muito bom aí pra cima, agora eu estou betendo os dentes de frio aqui no sul hahaha.
    Ainda estou inconformado de passar só 1 horinha ai no Acre!

    Beijo pra você e um abraço pro Moa!

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  5. Julio estou aqui para te agradecer pelo pouso inesperado no meu Tabuleiro, e vi que tinhas estado em Belém, lugar onde vivi também e que me traz muitas saudades.
    O filhote é uma delicia, com o tucupi, o jambu, oh delicia!! E o tacaca?? Adoroooo!!!
    A maniçoba é prato disputado entre Paraenses e Baianos. Cada um puxa a sardinha pro seu lado. O q se sabe é q indigena, se os tupinambas subiram da Bahia para o Para e levaram, ou desceram enfim... o bom é q ele existe!
    O Theatro da Paz foi tema de um trabalho meu na faculdade, é simplesmente maravilhoso!! Pena vc nao ter podido entrar, é sem duvida uma visita que vale a pena!
    O ver-o-peso é um teatro a céu aberto. Adoro aquele lugar. Ali se ve de tudo, a vida cotidiana que passa, os turistas surpresos, é muito interessante! Vc conseguiu visitar o Museu de Arte Sacra? Lugar lindo!!

    Boas viagens, volte sempre ao Tabuleiro, e eu estarei por aqui!

    Abraços!

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  6. Ah Julio deveria ter comprado a mandinga do Zeca.
    Não conseguisse numa desconhecida, tem muitas outras nesse mundão de meu Deus. Não seria dinheiro jogado fora

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  7. Oi Brenda, não visitei o museu não, mas fica pra minha próxima visita! eu também adorei Belém. Obrigado pela visita.

    Abraços

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  8. Ahhh Luiz, agora já era, não comprei a mandinga rs, vou passar o dia dos namorados sozinho em Vitória mesmo!

    Abraço

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  9. Ai nem fala primo, espero q numa proxima vc fique mais...
    Bjoo e Moa manda abraço

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